quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Astronomia: o sistema solar

Objetivo
Caracterizar os principais astros do sistema solar e construir um modelo em escala, utilizando relações matemáticas para visualizar a distribuição espacial dos planetas (tamanhos em relação a distâncias).
Ponto de partida
Leitura ou apresentação de textos didáticos e paradidáticos. Nos textos e apresentações, devemos destacar o confronto, no processo histórico, entre os modelos geocêntrico e heliocêntrico.
Nomes como Galileu, Copérnico, Kepler e Newton estão relacionados com esse processo histórico e podem ser abordados nas apresentações ou sugeridos como tópicos de pesquisa.
Outra possibilidade é assistir a documentários sobre o tema "Sistema solar" (disponíveis na programação de canais como o Discovery Channel ou na sérieCosmos, entre outros).
É importante que o professor direcione os trabalhos e os materiais de leitura para a construção de conceitos básicos. No final, o educador deve avaliar se os alunos dominam os conceitos de "estrela", "planeta", "satélite natural", "aceleração da gravidade" e "órbita".
Estratégia
Leituras, pesquisa e construção de modelo em escala do sistema solar, em grupos de, no máximo, três alunos.
Atividade
        


Terra, Vênus (atrás), Marte, Mercúrio e o planeta-anão Plutão (frente) em tamanhos comparativos.
Parte 1
Como atividade de introdução ao tema, é interessante trabalhar em sala de aula os conteúdos que versam sobre o tema "Terra e sistema solar", em especial aqueles que permitam aos alunos conhecer o Sol, os planetas e os seus principais satélites. Para isso, podem ser usados livros, vídeos, pesquisas e softwares de simulação.
Para consolidar os estudos e favorecer a visualização do sistema em escala, já que isso não é possível com as leituras e pesquisas bibliográficas, uma atividade interessante é pedir que os alunos construam, em grupos, um modelo em escala do sistema solar.
Essa atividade faz com que os alunos sintam-se desafiados a pesquisar, calcular e construir uma maquete simples do sistema, que levará em conta o tamanho dos planetas e as distâncias que eles guardam em relação ao Sol. Para isso, nessa escala, vamos adotar que o Sol assuma o tamanho de uma bola de basquete. Traga uma bola para a sala de aula e coloque o desafio: qual seria o tamanho dos demais planetas se o Sol tivesse o tamanho de uma bola de basquete?
Ofereça livros, revistas ou sites da web para eles pesquisarem o tamanho (diâmetro equatorial) do Sol e dos outros planetas. Os alunos podem montar uma tabela como a colocada abaixo - e devem fazer todos os cálculos necessários, podendo utilizar uma calculadora. Aqui, apresentamos alguns resultados possíveis:
Astro
Tamanho real aproximado (em km)
Tamanho reduzido (aproximado)
Sol
1.400.000
bola de basquete
Mercúrio
4.878
cabeça de alfinete
Vênus
12.101
semente de mamão
Terra
12.756
semente de mamão
Marte
6.788
semente de uva
Júpiter
142.796
bola de tênis
Saturno
120.000
bola de pingue-pongue
Netuno
50.800
bola de gude
Urano
49.500
bola de gude
Observação: procure um espaço adequado na escola, onde os alunos possam apresentar seus trabalhos.
Parte 2
Também é possível pedir, caso o professor tenha tempo, uma continuação do trabalho, agora tratando da distância que cada planeta guarda em relação ao Sol. Basta supor uma distância adequada (em escala de redução) entre a Terra e o Sol (por exemplo, 30 metros, distância possível de ser representada numa quadra de esportes).
Utilizando uma tabela de distâncias reais, os alunos podem estabelecer em que ponto cada planeta deveria ficar, usando os objetos que resultaram da primeira parte da atividade.
Basta colocar o Sol (a bola de basquete), a Terra (semente de mamão) a 30 m dele, e, depois, pedir para que os alunos coloquem os demais planetas. Eles terão uma excelente idéia da vastidão do Sistema solar - e do Universo.
Referências
Introdução aos movimentos celestes

As leis de Kepler e Newton

Rotação, translação, precessão e nutação

Site da NASA

BAROLLI, Elisabeth; GONÇALVES FILHO, Aurélio. Nós e o universo. 2. ed., São Paulo: Scipione, 1991.

PUCCI, L. F. Espaço, o último desafio. São Paulo: Devon, 2002.

SAGAN, Carl. Cosmos. (Há o livro e, também, série da tevê, disponível em DVD.)

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Já existiram vulcões no Brasil?

por Luiz Fujita Junior

Sim. O vulcão mais antigo já encontrado até hoje, inclusive, é brasileiro. "Um vulcão se forma geralmente em regiões onde há encontro de placas tectônicas. Essas placas ficam na camada mais superficial da Terra, que está sempre em movimento causando o afastamento de alguns centímetros por ano entre os continentes", diz o geólogo Caetano Juliani, professor do Instituto de Geociências da USP. Isso aconteceu quando o Brasil estava justamente sobre uma área de encontro de placas, há milhões de anos. Hoje, ufa!, saímos da zona de perigo. Com a movimentação das placas, parte das rochas se funde, dando origem ao magma, substância viscosa que pode chegar a mais de 1 000 ºC. Quando o magma emerge (junto com gases do interior do planeta), forma-se um vulcão - mas as paredes do cone, mais resistentes, não se fundem. Já o vulcanismo fissural rola quando as placas se afastam e abrem caminho para um magma mais líquido e menos explosivo. Há ainda vulcões com uma cratera principal e outras menores. Se o magma nas profundezas acabar, o vulcão se extingue e deixa apenas alguns focos de rochas vulcânicas - fato que ocorreu com os vulcões brazucas!
Onde há fumaça... Há lava! No Brasil de milhões de anos atrás, os vulcões iam da Amazônia a Santa Catarina GIGANTE ADORMECIDO
A região amazônica abriga o vulcão mais antigo já descoberto, com cerca de 1,89 bilhão de anos. Ele é parte de uma província de rochas vulcânicas chamada de Uatumã, que se espalhava sobre Amazonas, Mato Grosso, Pará, Roraima e até Venezuela e Suriname. A altura original do vulcão, próximo ao rio Tapajós, pode ter chegado a 400 metros
NA MAIOR FISSURA
Sem muita cara de vulcão, este foi formado há 140 milhões de anos, quando as placas se movimentavam em sentidos opostos. Nessa época, o Brasil quase foi partido ao meio: surgiu uma fissura que saía do Mato Grosso, passava por Paraná e Santa Catarina e chegava ao Uruguai. De lá vazou lava que cobriu uma área de 1,2 milhão de km2
ARQUIPÉLAGO VULCÂNICO
Quem curte as belas paisagens do arquipélago de Fernando de Noronha nem imagina que, há 12 milhões de anos, aquilo era um conjunto de vulcões, com base a 4 mil metros de profundidade. Geralmente, os vulcões submarinos se solidificam rapidamente por causa do choque com a água fria, mas o vulcanismo intenso fez o magma emergir e formar as ilhas e ilhotas
HERANÇA CALIENTE
Há 70 milhões de anos (quase nada em tempo geológico), a região onde fica a cidade mineira de Poços de Caldas estava a pleno vapor. A temperatura de 30 ºC das águas de lá é herança dessa época. Quando o vulcão estava ativo, a lava cobriu a região e, com o tempo, se solidificou e foi coberta por rochas, que lentamente foram roubando o calor da lava
Classificação das plantas
As plantas cobrem boa parte dos ambientes terrestres do planeta. Vistas em conjunto, como nesta foto, parecem todas iguais. Mas na realidade existem vários tipos de planta e elas ocupam os mais diversos ambientes.
 
Você já sabe que para classificar, ou seja, organizar diversos objetos ou seres em diferentes grupos, é preciso determinar os critérios através dos quais identificaremos as semelhanças e as diferenças entre eles.
Vamos ver agora como as plantas podem ser classificadas.
O reino das plantas é constituído de organismos pluricelulares, eucariontes, autótrofos fotossintetizantes.
É necessário definir outros critérios que possibilitem a classificação das plantas para organizá-las em grupos menos abrangentes que o reino.
Em geral, os cientistas consideram como critérios importantes:
  • a característica da planta ser vascular ou avascular, isto é, a presença ou não de vasos condutores de água e sais minerais (seiva bruta) e matéria orgânica (a seiva elaborada);
  • ter ou não estruturas reprodutoras (semente, fruto e flor) ou ausência delas.
Os nomes dos grupos de plantas
  • Criptógama: palavra composta por cripto, que significa escondido, e gama, cujo significado está relacionado a gameta (estrutura reprodutiva). Esta palavra significa, portanto, "planta que tem estrutura reprodutiva escondida". Ou seja, sem semente.
  • Fanerógama: palavra composta por fanero, que significa visível, e por gama, relativo a gameta. Esta palavra significa, portanto, "planta que tem a estrutura reprodutiva visível". São plantas que possuem semente.
  • Gimnosperma: palavra composta por gimmno, que significa descoberta, e sperma, semente. Esta palavra significa, portanto, "planta com semente a descoberto" ou "semente nua".
  • Angiosperma: palavra composta por angion, que significa vaso (que neste caso é o fruto) e sperma, semente. A palavra significa, "planta com semente guardada no interior do fruto". http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos4/bioplantas.php
O Sistema Solar

O sistema solar é um conjunto de planetas, asteróides e cometas que giram ao redor do sol. Cada um se mantém em sua respectiva órbita em virtude da intensa força gravitacional exercida pelo astro, que possui massa muito maior que a de qualquer outro planeta.
Os corpos mais importantes do sistema solar são os oito planetas que giram ao redor do sol, descrevendo órbitas elípticas, isto é, órbitas semelhantes a circunferências ligeiramente excêntricas.

Os planetas que compõem o sistema solar

O sol não está exatamente no centro dessas órbitas, como pode-se ver na figura abaixo, razão pela qual os planetas podem encontrar-se, às vezes, mais próximos ou mais distantes do astro.

Órbitas elípticas dos planetas do Sistema Solar


Origem do Sistema Solar
O sol e o Sistema Solar tiveram origem há 4,5 bilhões de anos a partir de uma nuvem de gás e poeira que girava ao redor de si mesma. Sob a ação de seu próprio peso, essa nuvem se achatou, transformando-se num disco, em cujo centro formou-se o sol. Dentro desse disco, iniciou-se um processo de aglomeração de materiais sólidos, que, ao sofrer colisões entre si, deram lugar a corpos cada vez maiores, os outros planetas.
A composição de tais aglomerados relacionava-se com a distância que havia entre eles e o sol. Longe do astro, onde a temperatura era muito baixa, os planetas possuem muito mais matéria gasosa do que sólida, é o caso de Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Os planetas perto dele, ao contrário, o gelo evaporou, restando apenas rochas e metais, é o caso de Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.

Os componentes do Sistema Solar

O sol
O Sol é a fonte de energia que domina o sistema solar. Sua força gravitacional mantém os planetas em órbita e sua luz e calor tornam possível a vida na Terra. A Terra dista, em média, aproximadamente 150 milhões de quilômetros do Sol, distância percorrida pela luz em 8 minutos. Todas as demais estrelas estão localizadas em pontos muito mais distantes.
As observações científicas realizadas indicam que o Sol é uma estrela de luminosidade e tamanho médios, e que no céu existem incontáveis estrelas maiores e mais brilhantes, mas para nossa sorte, a luminosidade, tamanho e distância foram exatos para que o nosso planeta desenvolvesse formas de vida como a nossa.
O Sol possui 99,9% da matéria de todo o Sistema Solar. Isso significa que todos os demais astros do Sistema juntos somam apenas 0,1%.

Composição do Sol
O Sol é uma enorme esfera de gás incandescente composta essencialmente de hidrogênio e hélio, com um diâmetro de 1,4 milhões de quilômetros. O volume do Sol é tão grande que em seu interior caberiam mais de 1 milhão de planetas do tamanho do nosso. Para igualar seu diâmetro, seria necessário colocar 109 planetas como a Terra um ao lado do outro. No centro da estrela encontra-se o núcleo, cuja temperatura alcança os 15 milhões de graus centígrados e onde ocorre o processo de fusão nuclear por meio do qual o hidrogênio se transforma em hélio. Já na superfície a temperatura do Sol é de cerca de 6.000 graus Celsius.
 

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Universo/sistemasolar.php